sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Carlos Claussner - O Mentor

Carlos Claussner não chega ser um personagem relevante dessa história, contudo, foi uma das ultimas vitimas de Ramos, isso porque não assegurava-lhe mais o álibi e a certeza da impunidade

Claussner era proprietário de um açougue situado na Rua da Ponte, atrás a igreja das Dores.

O Alemão tornou-se amigo de Ramos porque vivia solitário e também porque o Chacal dominava o seu idioma que levava os dois a conversar, diariamente, durante longo período, em alemão, no interior do açougue. Logo, Ramos torna-se ajudante de Claussner, com quem aprende o ofício. Claussner freqüentava com relativa assiduidade a residência de Ramos.

Os açougueiros, à época, provocavam asco em razão de empunharem instrumentos de corte, esquartejando carne e sempre estarem sujos de sangue. Claussner, além da aparência sinistra, exibia uma cicatriz em seu rosto que lhe emprestava um aspecto perverso.

Claussner emigra para o Brasil em 1859, sob o conceito de “proprietário”, o que lhe conferia a distinção dos camponeses e artesãos, já que alguém nessa condição significava viver de rendimentos.

Assim que chegou a Porto Alegre, estabeleceu o mencionado açougue. Isto, segundo a história, remete a verificar que trouxe consigo alguma riqueza. Em face da localização, Claussner prospera subitamente, já que as senhoras ao saírem da missa ordenavam os escravos que fossem ao açougue do alemão para comprar carne.

Consta que Claussner foi o “mentor” da fabricação de lingüiça das vitimas de Ramos. Catarina, depois de um tempo presa e convertida a seita mucker, decidiu confessar tudo. Nesse depoimento menciona que Ramos lhe dissera que Claussner descobrira uma maneira de impedir que os assassinatos fossem descobertos esquartejando os cadáveres e os transformando em lingüiça, eliminando, dessa forma, as possíveis evidências dos crimes.

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